sexta-feira, 23 de novembro de 2012

** SABER ENVELHECER COM ARTE E EDUCAÇÃO **

A velocidade das informações que nos chegam invadem nossas mentes, pensamentos, sentimentos e influenciam em muito nossas ações no mundo. A facilidade do acesso às informações tem permitido que as pessoas possam saber de fatos, novidades, acontecimentos quase em tempo real e isto tem se tornado uma realidade para uma parcela cada vez maior da população.
 
Com um tempo tão acelerado, com informações tão acessíveis, com a necessidade de produção, de ação, de atividade no mundo, as pessoas passaram a se esquecer delas mesmas, qual o tempo que elas reservam para si? Pensando nesta realidade, lentamente, este quadro começa a se transformar, pois percebemos um crescimento de procura por uma vida em cidades mais calmas, finais de semana em meio ao verde e a natureza.
 
Se estamos neste mundo, que vive em constante e acelerada transformação, precisamos viver nele e não apenas sobreviver. O desafio se torna o de como conseguir equilibrar esta caminhada num tempo que prima por realizações a todo momento e, paralelamente, voltar o nosso olhar, as nossas ações também para nossa vida pessoal, familiar, social, nossa saúde e bem-estar.
 
Acredito muito em um processo de re-educação do olhar e das ações, em que a educação popular se constitui em um caminho de emancipação das pessoas. Especificamente, se pensarmos na questão do envelhecimento populacional, em um primeiro momento, precisamos provocar uma re-educação da própria pessoa que já está na velhice; realizar um trabalho de orientação sobre as possíveis perdas que ocorrem com o envelhecimento humano e como prevenir doenças incapacitantes.
 
Em um segundo momento, é relevante iniciar um trabalho de conscientização desde a educação infantil, para que as crianças possam valorizar o idoso e, principalmente que tenham noção, desde pequenas, de como viver para conseguir um envelhecimento saudável. Por outro lado, realizar um processo de sensibilização para crianças, jovens, adultos que um dia envelhecerão nos mais variados espaços, para que as pessoas percebam a necessidade de transformação nos modos de vida, de relação e de produção dos sentidos e significados do viver.
 
Viver como está posto hoje é passar a maior parte do tempo no trabalho ou em alguma atividade produtiva, ou seja, vivemos para o Mundo do Trabalho e nos esquecemos do Mundo da Vida, priorizamos os compromissos profissionais e nos esquecemos de dar prioridade de espaço em nossas agendas para compromissos pessoais e familiares. Vivemos em constante estresse, numa vida enlouquecedoramente corrida.
 
É urgente iniciarmos uma transformação deste paradigma, é urgente usarmos o direito que temos à Vida, buscando projetos, ações e atividades que possam auxiliar a nós mesmos, a outras pessoas, as comunidades e populações a viverem uma vida mais consciente,  "afetiva" uns aos outros  e com "efetiva" qualidade de vida , contribuindo para que nossa sociedade envelheça de forma mais digna, saudável e positiva. 
 
 
Márcia Groeninga




--
* Viver mais e com qualidade *
*** Atletas Cinquentenários ***

Nenhum comentário:

Postar um comentário